Retrospectiva 2022: Marcelo de Jesus, diretor artístico e regente titular da Orquestra de Câmara do Amazonas, maestro adjunto da Amazonas Filarmônica e consultor artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas
2022 marcou o pleno retorno das atividades da Amazonas Filarmônica e Orquestra de Câmara do Amazonas, tendo sido um ano muito importante pois comemoramos, respectivamente, os 25 anos e os 20 anos destas orquestras, com uma programação variada e intensa.
No 24º Festival Amazonas de Ópera (FAO), a Amazonas Filarmônica esteve à frente em quatro títulos: Il tabarro, de Puccini; O menino maluquinho, de Aguiar; Peter Grimes, de Britten; e Il trovatore, de Verdi. A Orquestra de Câmara do Amazonas participou do FAO com um concerto só com obras de Britten.
Em julho, dentro da Série Encontro das Águas, a Amazonas Filarmônica e as escolas de balé Álvaro Gonçalves e Bellarte apresentaram O lago dos cisnes, de Tchaikovsky. Foi a primeira vez que um balé clássico foi realizado completo no Teatro Amazonas, acompanhado por orquestra. A Amazonas Filarmônica abriu a temporada de concertos com a Sinfonia nº 1 de Mahler, sob a regência do maestro Luiz Fernando Malheiro, seu diretor artístico e regente titular, e destacaram-se também Scheherazade, de Korsakov, sob a regência de Otávio Simões, assistente da Filarmônica; Concerto do Norte, em parceria com a Orquestra Sinfônica Brasileira; Concerto da Independência, só com obras de D. Pedro I; O mandarim maravilhoso, e o Concerto nº 2 para piano e orquestra, de Bartók, com Lucas Thomazinho e minha regência; e a Sinfonia nº 5, de Shostakovich, com regência de Linus Lerner. Também tivemos a estreia de Hilo Carriel à frente da Amazonas Filarmônica.
Encerramos o ano com o Concerto EcoMúsica, com a participação de Fábio Caramuru, Paula e Jaques Morelenbaum, além do tradicional espetáculo de Natal da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas.
A Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA) teve uma programação bem diversificada, que é a sua característica principal. Destaques para a estreia brasileira do Concerto para cordas, de Bacewicz; o Concerto dos 20 anos, com Noite transfigurada, de Schoenberg, e Sinfonia de câmara, de Shostakovich; um concerto dedicado à música de Alexandre Guerra, tendo duas obras com estreia mundial; Átila de Paula, Hilo Carriel e Bruno Nascimento, três jovens maestros amazonenses, colaboraram com a OCA, e também tivemos dois concertos crossover, Nossa Voz e Tributo a Linkin Park.
Em parceria com o Corpo de Dança do Amazonas realizamos o Requiem de Mozart. Encerramos o ano com um concerto dedicado às crianças, em parceria com o Centro Suzuki Amazonas, e concertos natalinos na Igreja São Sebastião, com a participação do Grupo Vocal, do Corpos Artísticos, e do Madrigal do Amazonas.
Temos que agradecer e louvar o Governo do Estado do Amazonas, que mesmo sob as dificuldades impostas pela pandemia manteve os corpos artísticos sem nenhum prejuízo para os artistas e hoje fornece todo o apoio necessário para que possamos realizar a nossa programação. Um agradecimento especial ao nosso secretário de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, que não mediu esforços para que neste ano comemorativo nos fosse possível realizar uma importante programação, digna dos 25 anos da Amazonas Filarmônica e dos 20 anos da Orquestra de Câmara do Amazonas! Viva o Amazonas!
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