Retrospectiva 2021: João Guilherme Ripper, compositor, diretor da Sala Cecília Meireles e presidente da Academia Brasileira de Música
Apesar do retorno do público a partir de abril, os concertos da Sala Cecília Meireles continuaram a ser transmitidos através do YouTube e TV a cabo dentro da série #SalaDigital. A temporada dividiu-se nas séries Orquestras, Música de Câmara, Grandes Recitais e Sala Jazz, e incluiu os festivais Cantares, Música Brasileira na Belle Époque e Sala Contemporânea.
Dois concertos especiais homenagearam o compositor Dawid Korenchendler e o pianista Nelson Freire. Subiram ao palco artistas brasileiros e estrangeiros que contribuíram para a realização de uma temporada abrangente e de excelente nível artístico. A Sala Cecília Meireles promoveu ainda a série de encontros virtuais “Conversa na Sala” sobre temas ligados à programação e realizou a primeira edição integral do Programa Gestores, destinado à capacitação de jovens músicos na gestão de salas de concerto.
A Academia Brasileira de Música deu posse ao compositor Liduino Pitombeira na cadeira nº 28 e elegeu a compositora e musicóloga Alda Oliveira para a cadeira nº 35. A recém-criada série “Encontros ABM” contou com a participação de músicos e especialistas na área da composição, interpretação e musicologia. A ABM lançou um novo website e newsletter mensal. Publicou a edição crítica da partitura, partitura vocal, material de orquestra e libreto da ópera O contratador dos diamantes de Francisco Mignone, a cargo do acadêmico Roberto Duarte. Encomendou ao maestro Abel Rocha um arranjo para orquestra de câmara de A floresta do Amazonas de Villa-Lobos para os concertos que precedem a exposição “Amazônia” do fotógrafo Sebastião Salgado. A nova diretoria, eleita para o biênio 22-23, toma posse em março e será presidida por André Cardoso.
Minha ópera Cartas portuguesas subiu ao palco da Sala Minas com direção cênica de Jorge Takla, participação de Camila Titinger e Filarmônica de Minas dirigida por Roberto Tibiriçá. Variações concertantes sobre o tema F-E-H-E-C-A para violino e orquestra foi estreada por Emmanuele Baldini acompanhado pela Osesp dirigida por Thierry Fischer. O Quarteto Osesp, em sua turnê pela Itália, apresentou em primeira audição mundial Variações e fuga sobre a canção do expedicionário, quarteto de cordas escrito em 2019 para as comemorações da campanha do Brasil durante a II Guerra. O Theatro Municipal de São Paulo apresentou a cantata Icamiabas com a participação da soprano Marly Montoni, vozes femininas do Coral Lírico e Orquestra Municipal dirigida por Roberto Minczuk. O maestro também esteve à frente da Filarmônica de Minas nas duas apresentações de Duplum – concerto para dois violoncelos e orquestra, com os solistas Robson Fonseca e Lucas Barros. Concerto a cinco nº 2, para quinteto de cordas solista e orquestra de cordas, estreou na 24ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea. O Quarteto de Cordas da UFF e o contrabaixista convidado Rodrigo Favaro foram acompanhados pela OSN-UFF dirigida por Roberto Duarte.
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