Retrospectiva 2021: Gabriela Queiroz, professora da Escola de Música da UFRJ e vice-presidente da Sociedade Filarmônica do Espírito Santo
O ano de 2021 foi marcado pelo retorno gradual do público aos teatros e salas de concerto, um alívio para nós artistas que, ainda que em menor escala, voltamos a compartilhar nossa música com o público presencial, permitindo a troca de energia que é tão vital, ou mesmo a essência de um concerto ao vivo. Parabenizo a todos os líderes e gestores que se mantiveram de pé nesta difícil etapa de transição, que precisaram resistir para a sobrevivência de seus corpos artísticos, e a todos os artistas, por mantermos dentro de nós a chama da arte cada vez mais forte em períodos de escuridão.
Para mim, este ano ficará marcado para sempre como um ano de mudanças, renascimentos e perdas. Foi um ano de muita esperança, no qual fundamos a Sociedade Filarmônica do Espírito Santo, uma iniciativa do maestro Leonardo David que, de forma brilhante, conseguiu unir forças em prol da criação de uma nova frente de trabalho, tão necessária aqui no estado. Mas, como a vida nos pega de surpresa, cerca de duas semanas após uma linda cerimônia de lançamento, perdemos subitamente nosso maestro. Perdi meu marido, um guerreiro. Guerreiro porque lutou bravamente contra as adversidades do último ano e, com resiliência, teve forças para criar um projeto tão fantástico. Hoje é minha a missão de dar continuidade ao projeto da Sociedade. Estou certa de que, com todo o apoio que temos recebido, faremos jus ao legado e à principal força motriz de Leonardo, que sempre foi impulsionar o meio musical do Espírito Santo.
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