Theatro Municipal do Rio de Janeiro apresenta “Réquiem” de Verdi

A Orquestra Sinfônica e o Coro Sinfônico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro apresentam nos dias 12 e 13 o Réquiem de Verdi. A regência é de Tobias Volkmann e Marly Montoni, Paulo Mandarino, Denise de Freitas e Christian Peregrino atuam como solistas.

O Réquiem estreou em 1874. A ideia de escrever a peça surgiu da dor provocada pela notícia da morte de Alessandro Manzoni. O escritor foi responsável por inaugurar a moderna narrativa italiana com o romance Os noivos, além de ter sido defensor de primeira hora da reunificação italiana. 

Manzoni morreu no dia 23 de maio de 1873. Poucos dias depois, escreveu ao editor Giulio Ricordi sobre seu interesse em compor uma missa dos mortos em homenagem ao escritor, a ser estreada no primeiro aniversário de sua morte. O compositor ofereceu-se para pagar os custos das cópias da partitura, e a prefeitura de Milão ficou responsável pelas despesas da apresentação. Em junho do mesmo ano, em Paris, Verdi já trabalhava na obra.

“A partitura é brutalmente dramática, operística, lírica em uma linguagem contemporânea, em vez de acadêmica e polifônica na tradição da igreja estabelecida”, anota o escritor Philip Kennicott. “A música é abertamente visual e atmosférica em sua representação; deixa em aberto a questão sobre Verdi compor orações ou recriar a imagem de pessoas rezando. O Réquiem enfatiza uma espécie de puro terror religioso que parece distante da promessa tradicional de esperança e salvação; oferece uma visão do apocalipse sem o consolo do ensino católico tradicional. Continua sendo uma visão agnóstica, com mais perguntas que respostas sobre a vida após a morte.”  

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