A Sinfonia nº 5 de Mahler e a Sinfonia nº 4 de Bruckner são os destaques dos concertos deste final de semana no Theatro Municipal de São Paulo.
Hoje, dia 17, e amanhã a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo faz duas apresentações sob o comando do regente titular Roberto Minczuk.
Elas começam com uma abertura escolhida pelos assinantes entre três opções de óperas de Mozart. E, em seguida, será tocada a Sinfonia nº 5 de Mahler.
A obra inclui o Adagietto, uma das passagens mais célebres da obra de Mahler, compreendido como uma declaração de amor a Alma Mahler.
No entanto, o regente Bruno Walter, amigo pessoal do compositor, oferece da sinfonia uma leitura diferente.Escreve ele no livro que dedicou a Mahler:
“Nas conversas que tive com Mahler, nenhuma nota parece sugerir que um pensamento ou uma emoção extramusical tenha feito parte da composição. Temos aqui música e nada mais – ora apaixonada, ora turbulenta, heroica, exuberante, ardente, solene, terna, ela recorre a toda a gama de sentimento. Mas, em todo caso, é apenas música. E, nem mesmo remotamente, alguma questão metafísica se mistura a seu curso meramente musical. Com a Sinfonia nº 5, começa uma nova etapa na evolução de Mahler. A Quinta é uma dessas obras-primas que nos mostram um criador no apogeu de sua existência, de suas faculdades e de sua arte.”
Já a Sinfonia nº 4 de Bruckner será tocada no domingo, dia 19, pela Orquestra Experimental de Repertório, sob regência do maestro Jamil Maluf.
“Em fevereiro de 1881, a Filarmônica de Viena começou a ensaiar uma sinfonia como nenhuma outra que conheciam. Essa obra expansiva possuía uma grandeza mítica, uma beleza idealizada, combinando melodias líricas schubertianas, intensas harmônicas wagnerianas e clímaces tempestuosos.”
Assim o maestro Christoph Eschenbach definiu certa vez o impacto provocado pela estreia da sinfonia de Bruckner. Ainda que fosse sua quarta obra no gênero, até então poucos haviam ouvido falar de sua música – um contexto que mudaria desde então.
O subtítulo “Romântica” foi dado pelo próprio Bruckner, que ofereceu um programa para a obra, evocando o mundo medieval.
“Cidade medieval – Chegada do dia – Das torres da cidade, chamadas matutinas – Os portões se abrem – Em cavalos orgulhosos, os cavaleiros partem em direção ao mundo, a mágica da natureza os envolve – Murmúrios da floresta – Canto do pássaro – E a imagem romântica se desenvolve mais além...”
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![Orquestra Sinfônica Municipal [Divulgação/Sylvia Masini]](/sites/default/files/inline-images/OrquestraSinfonicaMunicipal-por_Sylvia_Masini.jpg)
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