Aleyson Scopel toca Schubert e Almeida Prado na Sala Cecília Meireles

O pianista Aleyson Scopel faz neste sábado um recital na Sala Cecília Meireles em que vai interpretar duas grandes obras do repertório internacional e brasileiro.

Ele abre a apresentação com a Sonata D. 960 de Schubert, sua última obra no gênero. Ela foi escrita em 1828, pouco antes da morte do compositor 

“Mesmo levando em consideração todas as incalculáveis genialidades existentes no cânone de Schubert, a Sonata D.960 deve ser considerada extraordinária”, escreve o musicólogo Orrin Howard. 

“É uma composição expansiva, cada um de seus quatro movimentos construídos em grande escala. No entanto, ao contrário de muitas outras obras-primas de Schubert de extensão celestial, não há uma nota desperdiçada aqui. Desde os exaltados compassos de abertura até os exuberantes compassos finais, a pura inspiração nunca vacilou; substância e arte se casam em uma união milagrosa”, completa.

Em seguida, Scopel toca as Cartas celestes nº 4 de Almeida Prado. Nos últimos anos, ele tem se dedicado à obra do compositor. Gravou a integral das Cartas celestes, assim como seus Noturnos e Ilhas.

“As Cartas Celestes nº 4 são abertas com uma viagem poética às estrelas da Galáxia NGC 5194/95=M51. Ao longo da obra, ouvimos também três vezes um Chamado Extragaláctico, uma mensagem de paz de outras galáxias nas palavras do compositor. Esta peça virtuosa, depois de mergulhar nas profundezas de Plutão, conclui serenamente, evocando o que está para além do nosso universo visível, uma meditação no desconhecido”, escreveu Scopel sobre a obra no texto que acompanha sua gravação, lançada pelo selo Grand Piano.

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