Obras de Schubert e Perez Prado inspiram espetáculo do Balé da Cidade de São Paulo

O Balé da Cidade de São Paulo estreia novo espetáculo na sexta-feira, dia 2, no Theatro Municipal de São Paulo. Serão apresentadas as coreografias Inacabada, do coreógrafo britânico Ihsan Rustem, e O balcão do amor, do israelense Itzik Galili.

Inacabada tem como trilha a Sinfonia nº 8 de Schubert e O balcão do amor, do cubano Perez Prado. A Orquestra Sinfônica Municipal participa das apresentações, sob regência do maestro Alessandro Sangiorgi.

A coreografia de Rustem é definida como “pequenos recortes da vida que se sucedem no palco, cacos de histórias percebidos lentamente na jornada dividida em dois momentos”. No figurino, “a inspiração em trajes do final do século XIX se revela, mas nunca se completa: há só a parte de baixo ou a de cima de um traje”. Os duos, por sua vez, fazem referências à vida de Schubert. 

“A obra é resultado da reunião de manuscritos dos dois primeiros andamentos da sinfonia composta por Schubert quando tinha apenas 25 anos. Misteriosa e indefinida, ela aparece materialmente na criação de Ihsan Rustem, que transformou o som em movimentos dos bailarinos, em uma obra carregada de uma intensidade das experiências íntimas do compositor”, diz Sangiorgi.

Já O balcão do amor nasceu de uma viagem feita por Itzik Galili a Cuba, e tem com inspiração a sonoridade do mambo. "Evidentemente música caribenha e dança são um conúbio indissolúvel. Perez com sua trajetória, que o fez chamar de Rei do Mambo, traz todos os elementos rítmicos e melódicos da música cubana, que não deixa os espectadores ficarem quietos na cadeira, dando vontade de sair dançando", explica Sangiorgi.

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