Prezada leitora, prezado leitor,

Questões importantes, como a reestruturação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo em uma Organização Social e supostas negociações salariais de seu diretor John Neschling, esquentaram as colunas sociais dos grandes jornais paulistanos em dezembro. Passados os boatos e renovado o contrato do maestro, seria desejável, como reivindicamos há anos, que a Secretaria de Estado da Cultura se empenhasse efetivamente na solução dos problemas institucionais da orquestra. A comunidade musical quer um debate aberto, plural e transparente sobre os rumos da Osesp, este patrimônio que, como diz o slogan da orquestra, "é nosso": Depois de estabelecer um paradigma como orquestra sinfônica brasileira, a implantação de uma nova estrutura institucional para a Osesp – moderna e profissional – seria um marco na modernização da gestão cultural pública.

Esta edição especial de janeiro/fevereiro da Revista CONCERTO apresenta – pelo oitavo ano consecutivo – uma ampla retrospectiva do ano musical com um abrangente painel de opiniões. Além de relembrar grandes emoções de nossa temporada de concertos, acreditamos que essa troca de ideias também significa uma contribuição para a dinamização da produção musical de nosso país.

Em janeiro, a cidade de São Paulo completa 450 anos. Para marcar a data, o Theatro Municipal de São Paulo programou concertos de seus diversos corpos estáveis, como você poderá ler na página 22. Entre eles, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo homenageará o violista Johannes Oelsner, que atuou neste conjunto de 1939 a 1979. Para nos juntar a esta justa homenagem – certamente também impulsionada por cartas de nossos leitores – apresentamos o simpático violista Oelsner na seção "Nossos Músicos" desta edição.

Não deixe de consultar, também, nossa seção anual de classificados especiais, a Vitrine Musical. Nela você encontra um diversificado leque de ofertas e serviços do universo da boa música.

Desejamos a todos um feliz Ano Novo. Voltamos em março com toda a programação de 2004. Até lá!

Nelson Rubens Kunze
diretor-editor