A abertura da temporada da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, em abril passado, sob a regência de seu novo diretor artístico, o maestro norte-americano Ira levin, reacendeu esperanças sobre o futuro do Theatro Municipal. Embora objeções possam ser feitas ao desempenho da orquestra, os espectadores, mesmo os mais céticos, ouviram um promissor começo. E é alentador ver a ambiciosa programação proposta para o ano e perceber que a vontade de mudanças também é assumida pelas instâncias superiores. Oxalá o ano de 2002 torne-se um marco da reestruturação da OSM e do Theatro Municipal. (Para não esquecer alguns problemas básicos hó anos reclamados nas páginas da Revista CONCERTO: falta modernizar o funcionamento da bilheteria, que só aceita pagamento em dinheiro e não permite a compra antecipada de ingressos; e falta encontrar soluções para o problema crônico de estacionamento - é duro ter de escolher entre um vallet service com 40 minutos de espera nas escadarias dd praça Ramos Azevedo, os "flanelinhas" que continuam loteando as vagas existentes nos arredores do Municipal ou os escassos estacionamentos particulares nos sombrios arredores da Xavier de Toledo.)
Na seção Em Conversa desta edição publicamos uma entrevista com o professor e violoncelista Antonio Lauro Del Claro. Discípulo de renomados mestres, entre os quais se destaca o legendário violoncelista francês Pierre Fournier, Del Claro conversou com nosso colaborador lrineu Franco Perpetuo.
Há mais de vinte anos, desde que éramos colegas na antiga Orquestra Jovem Municipal, acompanho a carreira de João Maurício Galindo. O regente titular da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, que hoje também é reconhecido por um excepcional trabalho de formação de instrumentistas, é a personalidade retratada na coluna Nossos Músicos.
O nosso Concurso CONCERTO 2002 foi um grande sucesso. Veja na pagina 45 os nomes dos sorteados com as assinaturas das mais importantes séries de concertos de São Paulo. Agradecemos a todos os participantes e aos nossos parceiros Instituto Alfa de Cultura, Sociedade de Cultura Artística, Mozarteum Brasileiro, Osesp, Patronos e Theatro Municipal de São Paulo.
Nelson Rubens Kunze
diretor-editor