Prezada leitora, prezado leitor,

A questão do financiamento da cultura é recorrente em todo o mundo. A música erudita, especialmente, é uma arte cara que não sobrevive sem uma dotação de recursos públicos, que, em última instância, é o dinheiro recolhido de impostos das pessoas físicas e jurídicas. É nosso dever e obrigação, portanto, ·- além de salutar exercício de cidadania -, zelar pelo bom uso desses recursos, que na medida do possível deveriam ser investidos em bens e serviços que sirvam à população.

Há alguns anos, a Osesp vem aprimorando um modelo eficiente de aplicação de recursos públicos na música clássica. Repare no repertório que a orquestra programou para este mês na Sala São Paulo: Don Juan e o Concerto nº 1 para trompa de Richard Strauss, concertos para violino de Sibelius e Lutoslawsky, La Mer de Debussy, O Pássaro de Fogo de Stravinsky, Sinfonia Romântica de Bruckner, Sinfonia Novo Mundo de Dvorák além de obras de Haydn, Benjamin Britten e Bach. Serão B concertos, fora a apresentação a cappella do coro da Osesp. (Já para este mesmo período, o Theatro Municipal 90 Anos anuncia 2 (dois) concertos de sua Orquestra Sinfônica, que, diga-se, é um conjunto orquestral de primeira qualidade e um dos poucos completos do País. Programa? “A definir” ...)

Há 60 anos, na Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro, uma menina de 7 anos fazia sua primeira apresentação pública ao piano como solista de uma peça de Mozart Hoje, a carioca Lais de Souza Brasil é reconhecida como uma das intérpretes exponenciais de nossa época, responsável por importantes recitais e gravações. Nossa colaboradora Heloisa Fischer entrevistou Lais de Souza Brasil, em conversa que você lê na coluna Rio Clássico.

O Instituto de Artes da Unicamp está em festas. É que em 17 de novembro próximo completam-se os 30 anos da primeira atividade artística da instituição. Para falar disso, da questão da arte dentro da Universidade e de outros assuntos, conversamos com a professora Helena Jank, diretora do Instituto de Artes, que também é artista de gabarito
internacional.

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Nelson Rubens Kunze
diretor-editor